- Foto: Divulgação/ Senado
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (19) uma proposta que libera a exploração de jogos de azar no Brasil, incluindo modalidades como bingo, jogo do bicho e cassinos. A votação, que terminou com 14 votos a favor e 12 contrários, representa um passo significativo em direção à regulamentação e legalização desses jogos, proibidos desde 1946.
Entre os senadores presentes na CCJ, destacou-se a divisão de opiniões dentro da bancada do Amazonas. O senador Omar Aziz (PSD-AM) votou a favor da proposta, enquanto o senador Plínio Valério (PSDB-AM) manifestou-se contrário. O senador Eduardo Braga (MDB-AM), por não ser membro da comissão, não participou da votação.
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Embora aprovada na CCJ, a proposta ainda precisa ser debatida e votada pelo plenário do Senado. Caso seja aprovada, passará a regulamentar a operação de jogos de azar em território nacional, estabelecendo regras rígidas para exploração e mecanismos robustos de fiscalização e controle.
O projeto impõe uma série de critérios para a operação dos jogos de azar. Empresas interessadas deverão apresentar valores mínimos de capital e comprovar a origem lícita dos recursos. Além disso, apenas empresas com sede no Brasil poderão operar os jogos, que estarão restritos a locais previamente autorizados.
A responsabilidade pela definição dos processos de licenciamento, fiscalização e autorização de exploração ficará a cargo do Ministério da Fazenda. O governo também poderá criar uma agência reguladora específica para supervisionar o setor.
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A nova legislação prevê a tributação das casas de apostas e dos prêmios distribuídos. Além disso, estabelece uma série de direitos aos jogadores, visando garantir a transparência e a justiça nas operações.
A legalização dos jogos de azar é um tema polêmico e divide opiniões no Brasil. Os defensores argumentam que a regulamentação pode gerar receitas significativas para o governo, criar empregos e reduzir a clandestinidade no setor. Por outro lado, os críticos alertam para os riscos de aumento da criminalidade, vícios e problemas sociais associados ao jogo.