A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protocolou, nesta segunda-feira (9), um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento foi entregue no Senado Federal e conta com a assinatura de mais de 150 deputados. Além disso, mais de 1 milhão de brasileiros manifestaram apoio à iniciativa de forma eletrônica.
O requerimento foi formalmente entregue no gabinete da presidência do Senado, nas mãos do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Agora, cabe a Pacheco a decisão de dar andamento ou não ao processo, pois a abertura de um processo de impeachment contra ministros do STF é prerrogativa do presidente do Senado.
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“Faço críticas também ao pode judiciário. Todos aqui são testemunhas disso. Em momentos recentes eu fiz as minhas críticas de interferência ao Poder Legislativo, como quando houve a decisão sobre o Marco Temporal, sobre a legalização de drogas e a pauta sobre o aborto. Esses três temas eu pude não só discursas mas tomar providências efetivas”, disse Pacheco.
O presidente do Senado prometeu que vai analisar o caso “com toda a prudência, em respeito aos colegas que protocolaram o pedido”.
Apesar da entrega do pedido, a expectativa de que o processo siga adiante é baixa. Pacheco já sinalizou que não tem intenção de prosseguir com o pedido. Atualmente, não existe um prazo definido para que o presidente do Senado se manifeste sobre requerimentos de impeachment que chegam ao Congresso Nacional, o que pode adiar indefinidamente uma resposta.
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O pedido de impeachment de Moraes reflete o acirramento das tensões entre setores conservadores e o STF, que se intensificou nos últimos anos, especialmente em relação às decisões do ministro em casos que envolvem políticos e manifestantes de direita.