O deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA), vice-presidente da Câmara – e que substituiria Eduardo Cunha numa eventual cassação do presidente – mudou nesta sexta-feira o voto que iria registrar no domingo: passou a apoiar o governo, contra, portanto, a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O deputado ainda anunciou para a Agência Estado que mais 12 parlamentares do PP na Câmara votariam contra o impeachment. O partido já havia fechado questão a favor da saída da presidente Dilma.
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Só que pela manhã o deputado foi filmado por integrantes do movimento “Nas Ruas”, quando entrava no Hotel Golden Tulip, em Brasília. Uma das integrantes do movimento, a executiva Carla Zambelli, chega a bater boca com Maranhão, questionando se ele seria o presidente caso Eduardo Cunha fosse cassado.
No vídeo, Carla acusa Maranhão de ser um dos investigados na Operação Lava-Jato.
– O encontro aconteceu por volta das 11h, na porta do Golden Tulip – confirma Carla.
Com efeito, Maranhão é um dos 32 integrantes do PP que são investigados. Na delação premiada, o doleiro Alberto Youssef apontou o deputado como um dos parlamentares que recebeu dinheiro da empresa GFD – usada pelo doleiro para distribuir propina. O deputado foi eleito vice-presidente da Câmara em fevereiro, com apoio de Eduardo Cunha.
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Maranhão responde, ainda, a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). À tarde, ele gravou um vídeo que foi postado no Twitter dizendo que “o Maranhão (estado do deputado) não merece este retrocesso”. “Vamos defender a nossa presidente, vamos defender o Brasil e salvar o Maranhão, o Maranhão não merece o retrocesso”.
Confira o vídeo:
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https://www.youtube.com/watch?v=gPgVd4pAxVA