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Governador de Roraima exonera 70 servidores por abandono de função, propina e até abuso sexual

Os decretos de exoneração foram oficialmente publicados no Diário Oficial do Estado (DOE).

  • Por AM POST

  • 10/07/2024 às 16:48

  • Leitura em três minutos

Nos dias 4 e 5 de julho, o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), tomou uma medida drástica ao exonerar 70 servidores efetivos do estado. As razões para as exonerações variaram de abandono de função a casos mais graves, como propina e abuso sexual de menor de idade. Os decretos de exoneração foram oficialmente publicados no Diário Oficial do Estado (DOE).

Entre os 70 servidores exonerados, a maioria esmagadora foi desligada por abandono de função. Dos 60 casos registrados, destaca-se a pasta da Secretaria de Educação (Seed), que sofreu um golpe significativo com a demissão de 49 servidores. A lista inclui professores, merendeiras, auxiliares de serviços gerais, assistentes administrativos e até uma historiadora.

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Essa onda de demissões lança uma sombra sobre a educação pública do estado, levantando questões sobre a gestão e o comprometimento dos servidores públicos. O abandono de função em larga escala reflete uma crise interna que necessita de atenção urgente para evitar prejuízos ainda maiores aos alunos e à comunidade escolar.

Entre as demissões na Seed, dois casos chamam atenção pelo seu teor gravíssimo: um professor de educação física e um professor de sala de aula foram exonerados por abuso sexual de menor de idade. Estes casos são particularmente chocantes e sublinham a necessidade de medidas rigorosas para proteger os alunos e garantir um ambiente escolar seguro. Além disso, um servidor foi demitido por “conduta escandalosa” e uma merendeira por acúmulo de função, evidenciando uma variedade de problemas de conduta e administração dentro da secretaria.

A Polícia Civil também foi impactada pelas exonerações, com seis servidores demitidos. Quatro desses servidores foram afastados por “uso indevido das suas posições em benefício pessoal”. Outro foi exonerado por “não ter uma conduta considerada compatível com a função que exercia” e um último por retirar documentos “sem autorização”. Um auxiliar de necropsia e um policial foram demitidos por “utilizar recursos pessoais ou materiais da repartição para atividades de natureza particular ou política”. Essas demissões na Polícia Civil destacam problemas sérios de ética e integridade dentro da corporação, que devem ser abordados para manter a confiança pública na instituição.

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Todos os casos de exoneração passaram por um Processo Administrativo Disciplinar, garantindo que os desligamentos fossem fundamentados em investigações e evidências. Esse processo é crucial para assegurar a transparência e a justiça nas ações do governo, embora o volume de demissões sugira um problema sistêmico que vai além de ações individuais.

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