Saúde da mulher – A vaginose bacteriana (VB) é uma infecção vaginal comum que afeta mais de 2 milhões de mulheres no Brasil a cada ano. Ela ocorre quando o equilíbrio das bactérias na vagina é alterado, favorecendo o crescimento de bactérias “ruins”, como a Gardnerella vaginalis, em detrimento das “boas”, como os lactobacilos. Esse desequilíbrio pode resultar em sintomas desconfortáveis, como corrimento vaginal com odor forte, mas o tratamento é simples e eficaz.
O que é vaginose bacteriana?
A vaginose bacteriana é uma infecção causada pela multiplicação excessiva de bactérias nocivas, como a Gardnerella vaginalis, enquanto as bactérias protetoras diminuem. Esse desequilíbrio pode alterar o pH vaginal e causar sintomas incômodos, como corrimento com odor forte.
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Causas da vaginose bacteriana
Embora a causa exata da vaginose bacteriana não seja completamente compreendida, vários fatores contribuem para o seu surgimento. Entre eles estão:
- Atividade sexual com múltiplos parceiros: Embora a VB não seja uma infecção sexualmente transmissível, a atividade sexual com múltiplos parceiros aumenta o risco devido às mudanças no microbioma vaginal.
- Uso de duchas vaginais: As duchas podem alterar o pH vaginal e eliminar bactérias benéficas, favorecendo as nocivas.
- Falta de lactobacilos: Algumas mulheres podem ter uma quantidade menor dessas bactérias benéficas, tornando o ambiente vaginal mais suscetível à infecção.
- Tabagismo: Estudo sugerem que o fumo também pode ser um fator de risco.
Sintomas da vaginose bacteriana
Embora muitas mulheres com VB não apresentem sintomas, aqueles que têm podem notar:
- Odor forte, geralmente descrito como “cheiro de peixe”, especialmente após a relação sexual.
- Corrimento vaginal fino, de cor cinza ou esbranquiçada.
- Coceira ou sensação de ardor na região vaginal.
- Irritação ao urinar.
Caso apresente esses sintomas, é fundamental procurar um ginecologista para diagnóstico adequado.
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Diagnóstico da vaginose bacteriana
O diagnóstico é feito por um médico, que coleta uma amostra do corrimento vaginal para análise. Também pode ser medido o pH vaginal, que geralmente é mais alto nas mulheres com VB.
Tratamento para vaginose bacteriana
A vaginose bacteriana é tratada com antibióticos. Os mais comuns incluem:
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- Metronidazol: Pode ser administrado via oral ou como gel vaginal.
- Clindamicina: Disponível em creme vaginal ou comprimidos orais.
É essencial seguir o tratamento completo prescrito, mesmo que os sintomas desapareçam antes do término da medicação, para evitar a recorrência da infecção.
Prevenção da vaginose bacteriana
Para reduzir o risco de vaginose bacteriana, algumas precauções podem ser adotadas:
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- Evitar duchas vaginais: As duchas alteram o equilíbrio bacteriano natural da vagina.
- Usar roupas íntimas de algodão: O algodão permite que a região respire, reduzindo a umidade que favorece as bactérias.
- Evitar produtos perfumados: Absorventes e sprays íntimos podem causar irritação e aumentar o risco de infecção.
- Limitar o número de parceiros sexuais: Embora a VB não seja uma DST, o risco aumenta com múltiplos parceiros.
Complicações da vaginose bacteriana
Se não tratada, a vaginose bacteriana pode acarretar complicações, como:
- Parto prematuro ou baixo peso ao nascer, especialmente em mulheres grávidas.
- Maior risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como HIV, clamídia e gonorreia.
- Infecção pós-operatória em mulheres que se submetem a cirurgias ginecológicas.
Quando procurar ajuda médica
Se você notar sintomas de vaginose bacteriana, procure um ginecologista para diagnóstico e tratamento adequados. O tratamento precoce evita complicações e ajuda a manter a saúde vaginal.
A vaginose bacteriana é uma condição comum, mas facilmente tratável. Com cuidados simples, como a boa higiene íntima e o uso de preservativos, é possível prevenir a infecção e manter o equilíbrio bacteriano vaginal. Se você apresentar sintomas, consulte um médico para garantir um tratamento adequado.
Fonte: Verywell Health