Foto: freepik

A síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é um transtorno psíquico que surge como resultado de condições de trabalho intensas e desgastantes. Identificada pela primeira vez em 1974 pelo médico americano Freudenberger, ela está atualmente registrada no CID-11 (Classificação Internacional de Doenças), no grupo de problemas relacionados ao emprego e ao desemprego.

O que é a síndrome de burnout?

A síndrome de burnout é caracterizada por um estado de estresse crônico e tensão emocional provocados pelo ambiente profissional. Profissões que exigem um contato interpessoal intenso, como educação, saúde, segurança e assistência social, são as mais afetadas. Mulheres com dupla jornada de trabalho também apresentam maior risco.

Esse transtorno afeta não apenas a saúde mental, mas também o bem-estar físico, comprometendo a qualidade de vida e a produtividade dos indivíduos.

Principais sintomas da síndrome de burnout

Os sintomas da síndrome de burnout variam entre emocionais e físicos, podendo incluir:

• Esgotamento físico e mental;
• Irritabilidade e mudanças de humor;
• Isolamento e agressividade;
• Dificuldade de concentração e lapsos de memória;
• Ansiedade e depressão;
• Insônia e dores de cabeça frequentes.

Fisicamente, pode haver palpitações, dores musculares, aumento da pressão arterial e distúrbios gástricos, além de crises de asma e outros problemas de saúde.

Diagnóstico e tratamento da síndrome de burnout

O diagnóstico da síndrome de burnout é clínico e depende da avaliação da história do paciente e sua relação com o trabalho. Questionários psicométricos, como os baseados na Escala Likert, podem ajudar na confirmação do transtorno.

O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar:

• Psicoterapia: Terapias cognitivas comportamentais são eficazes.
• Uso de antidepressivos: Em casos necessários, o uso é orientado por um psiquiatra.
• Exercícios físicos e práticas de relaxamento: Essenciais para melhorar a saúde mental e física.

Como prevenir e lidar com o burnout?

Adotar um estilo de vida saudável e equilibrado é fundamental para prevenir e tratar o burnout. Algumas recomendações incluem:

1. Praticar exercícios físicos regularmente e reservar tempo para lazer.
2. Evitar o uso de álcool e drogas para lidar com crises de ansiedade.
3. Avaliar condições de trabalho, identificando fatores que prejudicam sua saúde mental.
4. Conversar com familiares e amigos para obter apoio emocional.
5. Buscar ajuda profissional ao perceber sinais de esgotamento.

Dúvidas comuns sobre a síndrome de burnout

1. Posso relatar o burnout ao RH da empresa sem medo de punição?
Sim. Antes, procure um profissional de saúde para avaliar seu caso. Eles podem orientar como proceder sem prejudicar sua posição no trabalho.

2. Quem sofre de burnout tem direito à licença médica?
Sim. A legislação permite licença médica e, em casos graves, aposentadoria por invalidez.

3. Qual profissional devo procurar para tratar o burnout?
Psicoterapeutas e psiquiatras são os mais indicados. O tratamento pode incluir terapias, antidepressivos e mudanças no estilo de vida.

4. O SUS oferece tratamento para burnout?
Sim. O Sistema Único de Saúde disponibiliza atendimento psicológico e psiquiátrico gratuito. Procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para encaminhamento.

Reconhecendo sinais de burnout em outras pessoas

Se você notar um colega ou ente querido extremamente estressado, com aumento no consumo de estimulantes ou álcool, ofereça apoio. A percepção de mudanças no comportamento pode ser o primeiro passo para buscar ajuda.

A síndrome de burnout é um problema sério, mas que pode ser superado com o tratamento adequado e apoio emocional. Não hesite em procurar ajuda se você ou alguém próximo apresentar sintomas. A saúde mental é tão importante quanto a saúde física.