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Transplante de células-tronco restaura a visão em várias pessoas

Estudo no Japão usa células-tronco para restaurar a visão de pacientes com danos graves na córnea, trazendo esperança para milhões.

  • Por AM POST

  • 14/11/2024 às 15:38

  • Atualizado em 14/11/2024 às 15:39

  • Leitura em quatro minutos

Transplante de células-tronco restaura a visão em várias pessoas

Foto: vecstock

Um estudo inovador realizado no Japão demonstrou os enormes avanços nas pesquisas com células-tronco, revelando que o uso de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) pode restaurar significativamente a visão de pacientes com danos severos na córnea, uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Este ensaio clínico, que é o primeiro do tipo, foi um marco no campo da medicina regenerativa.

O que é a Deficiência de Células-Tronco Límpicas (LSCD)?

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A deficiência de células-tronco límbicas (LSCD) é uma condição ocular rara em que a córnea, a parte transparente e fundamental do olho, é danificada devido ao acúmulo de tecido cicatricial. A córnea é essencial para a visão, e sem o suprimento adequado de células-tronco do limbo, a visão de um paciente pode ser progressivamente perdida. Normalmente, o tratamento para LSCD envolve substituições cirúrgicas de córneas, mas essa abordagem tem limitações, especialmente quando a condição afeta ambos os olhos.

O Avanço das Células-Tronco Pluripotentes Induzidas (iPSCs)

O estudo liderado pelo Hospital Universitário de Osaka utilizou células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) para tratar pacientes com LSCD. Essas células, que podem ser derivadas de qualquer célula do corpo, como células sanguíneas, têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula humana, incluindo as células da córnea. Isso elimina a necessidade de doadores de órgãos, um desafio comum na medicina ocular, onde o risco de rejeição e a disponibilidade de córneas para transplante são preocupações constantes.

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Detalhes do Estudo Clínico: Como o Transplante foi Realizado

Durante o ensaio, células iPSCs foram derivadas de células sanguíneas de pacientes e reprogramadas para se transformarem em células epiteliais da córnea (iCEPS). Após a remoção do tecido cicatricial da córnea, as folhas de células da córnea geradas em laboratório foram transplantadas nos olhos dos pacientes. Os pesquisadores usaram uma lente de contato protetora para garantir que o transplante fosse bem-sucedido durante o processo de cicatrização.

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Resultados Promissores, Mas Com Limitações

Os resultados do estudo mostraram melhorias significativas na visão de todos os pacientes após o transplante. Sete meses após o procedimento, os participantes já apresentavam uma visão melhorada, com destaque para os pacientes 1 e 2, que apresentaram as maiores melhorias: uma mulher de 44 anos e um homem de 66 anos. No entanto, a paciente 4, de 39 anos, que apresentava a perda de visão mais grave, não manteve os ganhos após um ano, com a visão regredindo. Isso pode estar relacionado a uma resposta imunológica adversa ao transplante, dado que nenhum paciente recebeu medicamentos imunossupressores, além de esteroides.

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Riscos e Expectativas para o Futuro

Embora o estudo seja promissor, ele ainda é muito experimental. Como qualquer procedimento médico inovador, o uso de células-tronco na córnea apresenta riscos e exige mais pesquisas para avaliar sua eficácia e segurança a longo prazo. O estudo de Osaka representa uma grande esperança para o futuro da medicina regenerativa, e a equipe de pesquisa já planeja ensaios clínicos multicêntricos para dar continuidade a esses resultados animadores.

Conclusão: Uma Nova Fronteira no Tratamento de Perda de Visão Corneana

Este estudo marca um grande avanço na medicina regenerativa, oferecendo uma possível alternativa para pacientes com LSCD, uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O uso de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) para regenerar as células da córnea tem o potencial de mudar a maneira como tratamos a perda de visão, oferecendo uma opção viável e, possivelmente, mais acessível no futuro.

O estudo foi publicado na renomada revista The Lancet e continua sendo acompanhado de perto pela comunidade científica, com o objetivo de confirmar sua segurança e viabilidade em ensaios mais amplos.

Referências:

  • Soma et al., The Lancet, 2024.

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