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Saúde

Vacina do Butantan contra dengue tem 79% de eficácia, diz estudo

A eficácia é similar à da vacina Qdenga (80,2%), que será oferecida no SUS a partir de fevereiro.

  • 01/02/2024 às 19:13

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Foto: Jefferson Botega

A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan teve sua eficácia confirmada em artigo publicado nesta quarta-feira, 31, na revista científica New England Journal of Medicine, uma das mais prestigiadas do mundo. Na publicação, os pesquisadores afirmam que o imunizante apresentou 79,6% de eficácia na prevenção da doença, resultado que já havia sido divulgado pelo Butantan em dezembro de 2022, mas que agora ganha maior destaque por ser endossado pela comunidade científica internacional.

Isso ocorre porque, para ser publicado em uma revista científica de grande impacto, um estudo precisa passar por revisão de outros pesquisadores para garantir que os dados sejam sólidos e confiáveis. “Ter um artigo publicado no New England é um atestado de que o que a gente fez tem relevância e seguiu um rigor na análise dos dados”, diz o infectologista Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan e investigador principal do estudo.

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A eficácia de 79,6% é semelhante à da vacina Qdenga (80,2%), que estará disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. O índice de proteção do imunizante brasileiro foi calculado por meio do acompanhamento de 16.235 voluntários, com idades entre 2 e 59 anos, ao longo de dois anos. A fase 3 do estudo, iniciada em 2016, continuará até que todos os voluntários completem cinco anos de acompanhamento, o que está previsto para junho.

Ainda neste ano

Depois, deve ocorrer a etapa de análise de dados e elaboração do dossiê para submissão do pedido de registro do produto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que deve acontecer ainda neste ano, segundo Kallás. “O nosso prazo é o segundo semestre e a gente tem um alvo que é setembro, mas tem que encarar isso com muita humildade porque, às vezes, precisamos repetir algumas análises, então esse alvo pode ser móvel, mas a gente está trabalhando para tentar antecipar”, destacou.

Estadão Conteúdo

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