Em outubro de 2017, quando aguardava para ser preso após a condenação de nove anos e seis meses de prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um longo discurso em Brasília, onde lembrou que, no passado, ele era temido “feito o demônio”.
“Eu não tenho cara de demônio, mas quero que me respeitem como se eu fosse”, declarou ele dizendo que em várias campanhas eleitorais, o prédio da Bolsa de Valores de São Paulo fechava as portas, quando havia uma passeata do PT na região.
PUBLICIDADE
“Eles sabem que, comigo, a economia brasileira não vai ficar mais subordinada ao rentismo”, disse o petista se referindo aos acionistas das bolsas de valores.
Nesse mesmo discurso, Lula ainda declarou que era mais favorável ao regime autoritário da Venezuela que levou a população para a extrema pobreza, do que a intervenção política dos Estados Unidos.
“Não concordo com tudo o que acontece na Venezuela, mas concordo menos com o ‘seu’ Trump cuidando da Venezuela”, declarou.
PUBLICIDADE
A prisão de Lula ocorreu no dia 7 de abril de 2018, após o ex-presidente se entregar à Polícia Federal no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e durou até o dia 8 de novembro de 2019, após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter derrubado a prisão de condenados após a segunda instância. Ele permaneceu preso por 580 dias.
*Com informações da Veja