- Marroquina’ Kenza Layli é eleita 1ª miss criada por Inteligência Artificial-Foto: reprodução
O mundo da inteligência artificial (IA) acaba de alcançar um novo marco com a realização do primeiro concurso de beleza de IA, intitulado “Miss AI”. O evento, que combina tradição e tecnologia, premiou a influenciadora virtual Kenza Layli como a grande vencedora. Layli, uma criação totalmente gerada por IA, é uma influenciadora de estilo de vida marroquina que ganhou destaque graças ao trabalho inovador de Myriam Bessa, fundadora da agência Phoenix AI.
Desde suas imagens até suas legendas e discursos, Kenza Layli é o resultado do uso avançado de ferramentas de IA. A agência Phoenix AI, responsável pelo desenvolvimento de Layli, recebeu um prêmio em dinheiro e outros apoios destinados a elevar ainda mais o perfil da influenciadora virtual. Este evento não apenas coroou a beleza virtual de Layli, mas também destacou o potencial das criações digitais em influenciar o mundo real.
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Os participantes do concurso Miss AI foram avaliados por um conjunto de critérios que iam além da aparência física. Os juízes levaram em consideração o uso das ferramentas de IA pelos criadores das concorrentes e a influência das personagens nas redes sociais. As concorrentes virtuais responderam a perguntas semelhantes às dos tradicionais concursos de beleza humanos, adicionando uma camada de realismo e complexidade ao evento.
A ideia de influenciadores virtuais não é completamente nova; no entanto, a inovação trazida pelo concurso Miss AI reside no fato de que as novas gerações de influenciadores são criadas exclusivamente por IA. Diferentemente das iterações anteriores, essas criações não necessitam da intervenção de redatores, diretores de arte ou outros profissionais humanos. Essa evolução promete uma transformação significativa na forma como consumimos conteúdo digital e interagimos com influenciadores online.
Um dos aspectos mais notáveis dessa inovação tecnológica é a promoção da diversidade e inclusão por meio de avatares de inteligência artificial. Ao permitir a criação de personagens de diferentes etnias, culturas e estilos, a IA desafia normas estabelecidas e abre novas oportunidades para a representação digital.
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Apesar do entusiasmo gerado pelo concurso Miss AI, especialistas expressaram preocupações sobre as implicações de longo prazo dessa tendência. Um dos principais argumentos é que as imagens geradas por IA podem contribuir para a homogeneização dos padrões de beleza. Em vez de celebrar a diversidade natural da aparência humana, a proliferação de avatares idealizados pode reforçar padrões de beleza irrealistas e prejudiciais.
O concurso Miss AI é um símbolo da interseção entre tecnologia e cultura, demonstrando como a inteligência artificial está transformando nossa percepção de beleza e influenciadores nas redes sociais. Ao integrar elementos tradicionais dos concursos de beleza com inovações tecnológicas, o evento oferece um vislumbre do futuro da representação digital e do entretenimento.