- Foto: Reprodução
Notícias do Amazonas – Um áudio divulgado nas redes sociais nesta quinta-feira (17) trouxe à tona uma nova reviravolta no caso de estupro envolvendo o advogado Charles Garcia. Na gravação, o também advogado Dr. Lúcio, que representa a defesa de Garcia, aparece tentando convencer a ex-secretária do acusado, identificada como Marcela, a não registrar um boletim de ocorrência contra o ex-patrão, acusado por ela de abuso sexual.
O conteúdo da conversa gerou indignação e forte repercussão online. Na gravação, Lúcio utiliza uma linguagem que sugere amenizar a denúncia, propondo uma “conversa” para resolver o caso da “menor maneira possível”.
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“Se você quiser sentar comigo pra gente conversar e tentar resolver isso aí da maneira, como diz o caboclo, o menos pior possível… isso aí dá problema pra todo mundo, inclusive pra você, entendeu?”, diz o advogado.
Marcela, visivelmente abalada durante a conversa, responde afirmando que passou por momentos graves após o ocorrido. Ela relata que tentou tirar a própria vida e menciona o impacto psicológico que sofreu:
“Eu não sei, eu tentei suicídio, eu fui pra ponte, tentei me matar, aconteceu coisas horríveis, entendeu? Aconteceu coisas horríveis.”
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O advogado segue insistindo para que ela “se acalme” e que reflita sobre como poderia “resolver” a situação. Ele ainda se oferece para encontrá-la pessoalmente, sugerindo um almoço ou café para “bater um papo”.
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Acusado nega crime e fala em extorsão
Após a repercussão do caso, o advogado se manifestou por meio de uma nota oficial publicada nas redes sociais. No texto, ele nega todas as acusações e afirma que está sendo alvo de uma tentativa de extorsão, supostamente articulada pela advogada Adriane Magalhães, que representa a vítima.
Na nota, ele afirma que há cerca de 15 dias teria começado a receber ameaças e exigências de pagamento no valor de R$ 500 mil, como forma de impedir a divulgação das acusações.
“Não cedi à extorsão e não cederei à chantagista”, declarou o advogado, acrescentando que já entregou à Polícia Civil gravações e documentos que, segundo ele, comprovariam a tentativa de extorsão.
Ainda segundo a nota, um inquérito policial foi instaurado para apurar essa suposta tentativa de extorsão. O advogado também afirma que o caso estaria sendo utilizado para fins políticos, sugerindo que a advogada da vítima estaria tentando “alavancar sua candidatura à vaga de desembargadora” no Tribunal de Justiça do Amazonas.
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