Uma ex-funcionária da Microsoft processou a companhia por supostamente promover discriminação de gênero entre seus funcionários.
Katherine Moussouris era técnica da Microsoft até 2014, quando saiu depois de ver que seus supervisores discordavam que há discriminação lá dentro. Ela diz, inclusive, que depois de reclamar houve retaliação e seus bônus vieram menores do que o esperado.
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A ex-técnica está sendo representada pela Outten & Golden, que pede US$ 5 milhões como compensação pelo que a cliente alega ter sofrido. “A Microsoft desvaloriza sistematicamente os esforços e conquistas das suas empregadas”, disse Adam Klein, um dos advogados, à Reuters.
O processo cita que o sistema de avaliações da Microsoft é baseado num ranking numérico no qual as mulheres constantemente recebem taxas baixas baseadas em critérios subjetivos. No caso de Katherine, ela chegou a ouvir dos supervisores que eles não gostavam dos seus “modos ou estilo” como desculpa para promover técnicos homens menos qualificados na sua frente.
Histórico complicado
A Microsoft tem um histórico recente embaraçoso quanto à questão da igualdade de gênero. No fim do ano passado, o CEO Satya Nadella declarou que as mulheres não devem pedir aumento, mas sim ter fé no sistema. Disse que “mulheres que não pedem aumento” têm “superpoderes” e que isso é um “carma bom” e voltará a elas. É o tipo de pessoa em quem se confia, afirmou.
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O pior é que Nadella falou tudo isso em um evento que celebrava a participação feminina na computação. Mais tarde ele pediu desculpas e disse que ajudaria a promover igualdade no mercado – o que de fato fez, pois no começo deste ano a Microsoft lançou um programa que ajuda a recrutar mulheres cientistas.